Ao responder os questionários do CDP, as empresas têm como referência os principais padrões globais e melhores práticas de mercado. Dessa maneira, poderão identificar pontos fortes e pontos de melhoria em sua gestão de riscos e oportunidades ambientais, alinhando-se às principais referências globais em sustentabilidade, como GRI, TCFD, ODS, CEO Water Mandate, SBTi, dentre outras iniciativas e padrões.
As empresas podem responder de maneira voluntária, mas majoritariamente o convite para responder o CDP vem em nome dos mais de 590 investidores signatários com mais de 110 trilhões de dólares sob gestão, ou dos 200 clientes do Programa Supply Chain, que possuem um poder de compra anual de US$ 4 trilhões. Esses investidores e clientes, utilizam as informações reportadas por meio do CDP para embasar a tomada de decisão, incentivando a ação em sustentabilidade.
Portanto, responder ao CDP proporciona visibilidade internacional e acesso a um grupo extenso de investidores engajados no tema. Além disso, a empresa respondente receberá uma nota ao final do ciclo, permitindo que ela possa se comparar com outros pares e identificar oportunidades de melhoria em suas próprias práticas.
Qual o futuro do CDP?
O CDP já é a maior base de dados ambientais sobre empresas no mundo, mas isso não é suficiente: queremos que cada vez mais empresas reportem e melhorem sua gestão de riscos e oportunidades ambientais, alcançando 90% das empresas de maior impacto até 2025. Nossos questionários se tornam cada vez mais abrangentes, incorporando mais variáveis ambientais, de modo a contribuir para que empresas tomem ações urgentes para construir uma economia verdadeiramente sustentável, medindo e compreendendo seu impacto ambiental. O CDP trabalha para ser um ponto de convergência de diversas partes interessadas, como empresas, investidores e governos, para alcançarmos uma economia próspera que funcione para as pessoas e o planeta no longo prazo.
A nova estratégia 2021-25 do CDP reconhece a necessidade urgente de garantir que empresas, cidades, estados e regiões tenham planos concretos para cumprir seus compromissos declarados e fornecer evidências de progresso nesses objetivos. Para isso, aprofundaremos o envolvimento, acompanhamento e análise através de uma multiplicidade de partes interessadas, cobrindo mais mercados de capitais, mais questões ambientais (oceanos, uso da terra, biodiversidade, produção de alimentos e resíduos) e aumentando seu foco em metas tangíveis, planos de transição e desempenho.
Por meio da expansão do nosso comprovado sistema de divulgação, o CDP reforçará seu papel de mecanismo definitivo para rastrear a natureza, a extensão e a velocidade da ação corporativa, municipal, estadual e regional em relação a compromissos e impactos no meio ambiente.
Qual o futuro dos relatos corporativos?
Os relatos corporativos devem integrar cada vez mais informações socioambientais, que necessariamente devem ser acompanhadas de metas e métricas. Uma empresa efetivamente responsável não deve se abster de transformar compromissos em ação, publicando relatos completos, baseados em dados e com metas que sejam mensuráveis e abranjam o curto, médio e longo prazo. A integração dessas informações também deverá acompanhar a associação e consolidação entre marcos de referência e padrões, como anunciado recentemente durante a COP26.
Para ler outras entrevistas e saber mais sobre o tema, leia o nosso estudo Os Caminhos do Relato ESG – Um panorama sobre os frameworks e standards.